Da mesma forma que se pôde ver em outras indústrias, a ausência de insumos foi bastante marcante no setor de alimentos e de bebidas em razão do período pandêmico que atravessamos nos últimos tempos. A falta de embalagens se tornou, inclusive, um problema bastante comum durante esse momento delicado.
No mês de dezembro, por exemplo, foi possível notar que a indústria de vidros enfrentou dificuldades — iniciadas, na verdade, desde o ano passado, 2020 — comprometendo o abastecimento aos fabricantes de bebidas.
Além disso, como houve uma grande mudança no comportamento de consumo em meio ao enfrentamento da disseminação do novo coronavírus, com a migração do físico para o online, os canais digitais ganharam uma relevância ainda maior nos últimos meses. Nesse sentido, uma pesquisa realizada pela Deloitte reforça essa transformação, relatando que 40% das organizações do segmento de alimentos e de bebidas fizeram vendas online após o início da crise causada pela COVID-19.
Diante de todo esse cenário e de suas implicações, neste post, eu abordarei o que esperar em termos de tendências de Supply Chain para o próximo ano e outras informações igualmente pertinentes. Boa leitura!
Frente ao período pós-pandêmico, qual é a relevância de se preparar para os desafios que surgirão?
Inicialmente, é fundamental destacar que os desafios acabaram se tornando verdadeiras diretrizes no que diz respeito ao futuro dos negócios. As modificações implementadas por parte das empresas, embora, inicialmente, tenham servido para contornar a situação enfrentada, serão mantidas em grande maioria. Como exemplos, é possível citar:
- a entrada em novos mercados;
- o lançamento de novos produtos;
- a adoção de novos modelos de negócio;
- a implementação de novos formatos de vendas etc.
Outro dos desafios impostos pela nova realidade de indústria é a garantia da segurança alimentar. Todos esses elementos acabam demandando que as empresas integrem as etapas dos seus processos e conectem todos os elos da cadeia de abastecimento — ou seja, fornecedor, indústria, cadeias upstream e dowstream e cliente e consumidor.
A grande questão que se deve ter em mente é que o perfil de consumo sofreu inegáveis alterações, como dito, e, além disso, novas regulamentações relativas ao setor vêm chegando e exigem que haja mais governança, rastreabilidade e disponibilidade de informações ao público, viabilizando que ele faça comparações e decida o que consumir.
Portanto, as empresas que têm a pretensão de "continuarem no jogo" precisam se adaptar a essa nova realidade. Do contrário, em um período de curto a médio prazo, serão deixadas para trás.
Nesse contexto, quais serão as possíveis oportunidades para o setor de alimentos e bebidas?
É possível citar, nesse sentido, o exemplo de fabricantes que, em um momento anterior, dependiam de outros players — como atacadistas, varejistas e distribuidores — para garantir que os seus produtos chegassem ao consumidor final e que, atualmente, vêm explorando o universo D2C (direto ao cliente). Ou seja, eles vendem diretamente para o seu público e evoluem a sua cadeia de distribuição no conceito de última milha.
Outro exemplo e fato é que, com a maior parte dos profissionais em regime home office ou atuando agora no modelo híbrido, os consumidores vêm buscando alimentos pré-prontos, congelados. Ou seja, que tragam mais praticidade ao cotidiano.
Os formatos de entrega de produtos congelados preparados já são considerados um novo padrão. Inclusive, houve um crescimento exponencial do modelo de 149% durante o período pandêmico.
Quais são as tendências do Supply Chain para 2022 no setor de alimentos e de bebidas?
Como dito, houve uma alteração comportamental no perfil do consumidor que, atualmente, está cada vez mais consciente, inclusive, exigindo da marca uma responsabilidade socioambiental maior. Hoje em dia, por exemplo, é comum que o público investigue o que as empresas vêm fazendo em termos de sustentabilidade.
Paralelamente a isso, as próprias companhias têm buscado progressivamente o logo verde e vêm aprimorando os seus processos em prol disso. Como exemplos, eu posso citar a procura por meios de evitar desperdícios e o reaproveitamento de produtos, objetos, matérias-primas e outros componentes durante o seu processo produtivo. Ou seja, é a aplicação prática do conceito de upcycling.
Outra tendência de grande força que é possível observar é a elevação da regionalização das operações, dos estoques — como materiais e insumos críticos — e dos produtos finais. Todos estão cada vez mais próximos do consumidor final. É claro que isso não quer dizer que a globalização esteja desaparecendo, contudo, a cadeia de suprimentos tem adotado um formato diferente.
Há que se destacar também que os centros de distribuição urbanos estão surgindo com uma intensidade mais expressiva. Em um primeiro momento, o intuito é, como dito, posicionar as mercadorias mais próximas do público, o que, por sua vez, reduz o tempo de atendimento e de entrega de um pedido.
Entretanto, como consequência, ganha-se em termos de satisfação do consumidor, já que a experiência de consumo passa a ser mais positiva — havendo também uma melhora nos níveis de serviço.
Um segundo objetivo, porém, nesse mesmo contexto, é o atendimento da questão sustentável no setor logístico com a superação dos desafios da mobilidade urbana, implicando a diminuição dos impactos sociais e ambientais.
No âmbito dos processos e das operações, é viável observar as empresas com ciclos operacionais e de planejamento de vendas mais céleres. Isso permite que os planejadores questionem, revisem e até alterem, se cabível, o caminho trilhado pelo negócio com a dinâmica e com a agilidade necessárias.
De que forma isso se relaciona com o ganho em vantagem competitiva?
Até aqui, foi possível notar que as alterações no contexto corporativo e as quebras e rupturas na cadeia de fornecimento, praticamente, ocorrem "de um dia para o outro". Assim, oportunidades e necessidades novas surgem em um piscar de olhos, pode-se dizer.
Nesse sentido, é fundamental ter resiliência — e uma rápida atuação — a fim de corrigir percursos, melhor direcionar as ações e tomar decisões mais acertadas. Por exemplo, segundo um levantamento do Gartner, a busca por ambos os fatores na cadeia de suprimentos ocupou as duas primeiras posições.
Inclusive, 30% dos entrevistados acreditam que servir o mundo a partir de cadeias distantes e globais já é um modelo insustentável. A mudança dessa estratégia, por outro lado, protege as cadeias de abastecimento de futuras crises provocadas, por exemplo, por interrupções imprevistas.
De que forma a Infor pode ajudar as empresas do setor a se prepararem?
Quando velocidade e agilidade podem trazer resultados positivos e benefícios ao negócio, apenas soluções específicas podem realmente atender às necessidades dos clientes de ponta a ponta e baixo risco.
Se avaliarmos os processos do segmento de alimentos e de bebidas, chegaremos à conclusão de que só uma solução dedicada, com templates pré-elaborados e específicos, endereça objetivamente às necessidades do setor, agregando real valor à operação.
Portanto, se você busca uma empresa global e que ofereça softwares para todos os aspectos do seu negócio, a venha conhecer o Infor Cloudsuite Food & Beverage .
Este post foi útil? Então, aproveite a visita ao blog para conhecer também quais são as estratégias para haver mais transparência na cadeia de suprimentos de alimentos e bebidas!
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